Livro lido: Odisséia - de Homero
e Música: Faroeste Cabloco - de Renato Russo
Priston: A saga do lutador
Era uma vez, era uma vez?! Hoje vai ser diferente. Numa vila pacifica do reino de Ricarten, no continente de Priston. Um garoto da vila andava entediado:
-Porcaria!Estou aqui lenhando madeira para sustentar vagabundos, Awell salve-me!
Seu nome é Altair, virou lenhador aos oito anos. Motivo, seu pai abandonou a família. Dinheiro não era o problema, seu pai era general da 12º Legião de Ricarten. Mas, de repente ele trocou sua família por brigas, garrafas de rum e cerveja.
Altair cuidava da mãe, sua avó e mais quatro irmãos. Há pouco tempo mais cinco pessoas da família havia se hospedado na sua casa. Com o passar do tempo a fúria dele por seu pai tomou proporções monstruosas.
Tornou-se um errante, assaltava todos que tentavam chegar à vila. Altair, um dia, veio com o Diabo ter. Foi o inicio de uma série de acontecimentos inesperáveis. Viu um homem correndo a cavalo, achava que ele já sabia do “errante” então corria com esperança de não ser abordado. Porém, Altair cometera um grande engano, foi nesse momento que ele reconheceu seu erro, era tarde demais.
O homem era um militar em missão, vendo que não havia outra saída. Altair teria que lutar com ele, outro grande erro ele cometeu. Altair venceu. Sua consciência lutava para não perder a razão. Primeiro os assaltos por necessidade, agora um assassinato. O morto portava uma carta com um aviso direto:
“Ao amigo, senhor feudal do vilarejo de Pilai. Estamos recrutando, jovens guerreiros para uma batalha. Possivelmente, exercito inimigo se aproxima e precisamos de reforços [...]”
O rapaz estranhava quem escreveria uma carta com tanta lamurias?Ou era uma brincadeira de mau gosto:
-Me engana que eu gosto!-Altair jogara a carta fora.
Por um instante, ele ficou pensativo, e pegou a carta de volta. Vendo que ele matou um soldado, poderia ser uma pessoa muito importante. E recomeçou a ler:
“[...] Caso não consiga, retire-se imediatamente, seu feudo é o próximo alvo. Esqueça seus servos, criações, tudo. Pegue sua família e fuja.”
Assinado: Rei de Ricarten Otelnav”
Desolado, ficou o coitado do rapaz. Com 11 bocas para sustentar e agora uma horrível novidade. Se ele for avisar os aldeões, ele seria preso por seus assaltos. Todos que o condenaram agora estão em perigo, para ele o que importa? Todos os anos perdidos por causa da irresponsabilidade de seu pai, as ofensas que ele engoliu calado. Como desatino, ele esqueceu a sua família.
Ela não merecia isso, nem sua amiga inconfidente Sonya. Filha de um taberneiro, morena, olhos castanhos, era a simpatia em pessoa. Altair a conheceu por meio de sua irmã Cassandra. O coração ficou contursivo, toda a violência estava se apaziguando.
Uma carroça é avistada, sem hesitar, Altair enterra o soldado falecido e troca de roupa. A carroça é parada, um velho senhor estava nela. Dessa vez, não era um assalto, era um pedido de carona. Era a primeira vez que o jovem lenhador visitava a cidade, sem tem que trabalhar. Ao chegar no palácio, foi apresentado como único guerreiro, o soldado foi degolado na estrada pelo errante a vila não recebeu a mensagem.O rei Otelnav indignou-se:
-Quanto as outros? Como você ousa abrir uma carta?
Com olhos humildes e falsos. O rapaz responde, com serenidade:
-Majestade. Perdoe-me, prometi a ele que eu seria o primeiro a batalhar. E vim cumprir o que prometi.
O rei aparentava ser um homem de trinta anos. Olhou em torno do rapaz e ficou satisfeito com a estrutura do corpo. Olhando para outro senhor, Otelnav, fez sinal de aprovação, E disse:
-Verkan. Você que entende de armas e guerreiro qual é a sua opinião?
Com um cajado, o homem bate no peito de Altair que não solta um suspiro. Bate nas pernas, e nada de um “ai”. Um sorriso de maldade é visto do rosto daquele homem:
-Vossa Majestade, seja quem fez essa escolha. Esse rapaz poder ser útil no campo de guerra.
Altair sentiu a esperança de ser um cavaleiro, ter nobreza e deixar a miséria, mesmo sabendo que seria impossível... Ou não. A ilusão acaba com um golpe na cabeça:
-Ótimo!Prepare-o para min. Em quinze dias.
E se retirou o monarca, o homem olhava o rei até ele desaparecer nas cortinas. Agora os olhos voltaram para Altair, com uma cara de resmungão:
-Seu treinamento começa hoje às três da tarde, não se atrase.
Sorrindo Altair, respondeu indo para a rua:
-Sim senhor. Seu babaca, filho de uma rameira.
-Eu ouvi isso!
Gritou o homem. Arremessando uma taça na testa do coitado. E assim começa a rotina de um guerreiro. Dias passam, e o esforço de deixar Altair um bom combatente é maior. Tudo estava bem numa tarde de folga, depois de treinamentos árduos, Altair descansava nas escadarias do palácio. Quando uma multidão muito furiosa se aproximava, na frente corria um vulto negro. O vulto corria com um pacote na mão esquerda, e um objeto brilhante na outra mão.
Sem pensar, o rapaz desce de onde estava sentado. Prepara a espada, e o vulto vem à tona.Mas a espada negava sair da bainha. Resultando um encontrão. Com uma adaga quase cortando o pescoço, Altair não reage:
-Escute, você pode não sair vivo. Se entregue, não vai adiantar nada você tentar fugir.
O choro de uma mulher é ouvido, vendo que adaga estava caindo. Altair eleva o braço esquerdo, passando pelo pescoço daquela pessoa e agarrando o antebraço direito dela. E arremessa o bandido nas bancas de frutas e temperos, como se fosse uma pedra pequena. O corpo do bandido,revela que é de uma mulher.Era Sonya.
Chocado, o rapaz fica congelado. A garota de seus sonhos era uma ladra. Ela vendo seu conhecido, se ajoelha chora. Altair abraça ela:
-Como? Porque isso?
Sonya:
-Papai foi arrastado por estrangeiros,eles queriam ouro. Tentaram me abusar,eu fugi...
O elmo escarlate de Altair perdia a coloração. As lagrimas de ódio,rancor e decepção escorriam. E ao mesmo tempo os cidadões de Ricarten tentavam lixar a moça,mas,logo essa idéia é frustada quando é visto como Altair é forte:
-Sonya, as vezes você dizia que roubar não leva a nada. Hoje eu que digo.
Pegando nos braços,Altair leva ela palácio a dentro.Interrompendo um julgamento, Altair apresenta a moça e diz o seu crime. A idéia era provar a sua inocência. Uma idéia que fracassou, a historia já havia chegado nos ouvidos do juiz. Sonya era condenada a morte,o crime: furtar uma coroa que pertenceu ao rei antecessor. Irado e frustado Altair urrava. Não aceitando a sentença, Altair saca a espada e pula emcima nos carrascos de Sonya. Verkan imobiliza o jovem por ordem de Otelnav:
-Calado rapaz!Você tem sorte por não ser decapitado junto com ela.
Altair se desvencilha de seus mestre e berra:
-Ela não merece isso!Quem você pensa que é?!
A resposta é um tapa na cara. O rei Otelnav não satisfeito com a ação de Verkan, golpei o estomago de Altair.E fala com um sarcasmo:
-Sua namorada roubou a coroa de meu pai.O que ela acha que merece?
Altair:
-Perdão.
Essa palavra foi o bastante para ter a face pisada por uma greva:
-O que você vai fazer para que ela tenha esse “perdão”?
Altair sangrando responde:
-Trazer essa maldita coroa!
Verkan com desgosto, puxa uma adaga da cintura. Mas é interrompido pelo o rei.Como se estivesse achando graça das lagrimas do jovem guerreiro.Aceita a oferta:
-Otimo você tem sete dias para trazer a “maldita coroa”.Se falhar, nem volte aqui.Eu mesmo vou te executar.
Recompondo as forças,Altair se levanta e da uma proposta:
-Se eu conseguir,Quero um cargo no exército,como o de meu pai.Palavra de Altair,da casa de Hiperyon.
A frase choca Verkan,como se tivesse medo desse nome. Abandonado o palácio Altair gemia de dor,como se o coração fosse arrancado.
No mercado ele compra suprimentos,velas, e um escudo com o dinheiro que havia guardado. E parte para Pilai, a sua vila. Cavalgando, ele contorna a vila e encontra dois sujeitos que barram o único acesso que leva a vila.Para chegar na vila ele deve pagar pedágio. O logico que nunca deveria haver pedagio. Negando, Altair compra briga com os dois. Os dois são degolados. Altair se sente pesado,como se fosse uma pedra.Agora ele tem divida com três pessoas no outro mundo. Cavalgando por três horas, Altair resolve ir a vila.
Chegando na vila, logo é sentido um clima caótico. Ele vê seus conhecidos acorrentados,como animais. Contando ele vê que os mercenários são mais ou menos 150. A unica casa que não foi saqueada foi a da sua familia. Seria uma boa ideia se refugiar ali, e depois planejar um jeito de colocar todos atras das grades.
Ao entrar na sua casa, foi recebido por uma panelada de sua mãe.Ela estava histerica,com tantos bandidos rondando a vila. A situação estava precária. Estava faltando alimento, ninguém se atrevia a buscar ajuda,com medo de ser pego. Altair viu que se ele não toma-se uma providencia,sua familia morreria de fome.A unica solução seria pelejar os invasores,mas, precisava de equipamentos. Ele só tinha um traje de batalha,e uma espada curta:
-Mãe.
-Sim?
Altair:
-A senhora tem alguma coisa do pai?Uma espada ou capacete?
Depois de varios segundos calados,Valentina,sua mãe responde com cara de disfarçada-Sim!Lá no sotão,pode pegar é tudo seu.
No sotão,Altair quase morre do coração. Embaixo de um manto azul havia uma armadura completa,com elmo,punhos e botas. Dentro de um saco grande de couro havia um machado com lamina vermelha,e um escudo grande. Ao tocar no escudo,um bilhete havia caido:
“Ao meu pequeno e grande lutador.
Hiperyon”
Altair viu que seu pai não era tão miserável como sua mãe dizia. Mesmo vendo que sua mãe estava mentindo,ele não ficou magoado. Talvez ela não queria que ele sofra pela perda de um pai,será que ele morreu no campo de batalha?
Depois de uma boa noite de sono,e um café. O jovem guerreiro partiu com a idéia de sair descendo o braço em todos. Contornando a vila, viu que havia uma ravina. Na beira da ravina, tinha alguns barris havia um sigla escrita, a sigla era “TNT”. Num surto de nervosia, Altair chuta os barris:
-BAH! COMO SE TNT AJUDASSE!!
O resultado foi uma explosão. A tal “TNT” era na verdade, explosivo. No meio dos arbustos ele assistia os bandidos correndo feridos e assustados. A alegria não durou muito ele foi nocauteado.
Quando acordou,estava dentro de um caverna. E uma voz de onipotente era ouvida. De cara, viu um homem com uma armadura igual a dele. Num canto perto de um vela estava o machado e o escudo ganho de seu pai:
-Ei seu fedelho!Quem você pensa que é?O rei de Ricartem?
Aquela voz ,lembrava da voz de Otelnav.E de quando ele estava sendo pisado pelo aquele ignorante. Isso fazia alastrar um fogo em seu interior,era a raiva.
-Você é mudo? Pois bem,quero ver suas mãos falar por você. Lute, lutador.
“Lutador”,afinal por que ele chamou assim? Mais uma vez,Altair ficou irado.Na sua frente devia estar o assasino de seu pai.Sem demora o rapaz pegou o escudo e seu machado,quase sendo decapitado por um foice. Era um principio de um combate. Era meio difícil lutar numa caverna mal iluminada. Muitas vezes Altair errava seus golpes,e muitas vezes era golpeado por ser descuidado.
No meio da briga,um corte leve no olho esquerdo foi ganho. Isso deixou o jovem “lutador” ainda ardendo em em seu mar de furia. O bandido estava em vantagem por causa de sua experiencia. Altair continuava a golpear,chutar e esmurrar o nada. Seria feitiçaria ou seu inimigo é um fantasma? Com o fracasso nos ataques, Altair se ve zombado por uma gargalhada escandalosa. Num passe de magica, a luz do pôr-do-sol penetra no ângulo certo fazendo o bandido ser revelado. Surpreso pela claridão inesperada,o malfeitor recebe um golpe direto no elmo deixando atordoado. Novamente,recebe outro golpe,que a força de impacto foi tanta que partiu a foice ao meio e deixou o peito da armadura com um rombo.A luta acabou,e o perigo não. Um desmoronamento começou. E a primeira preda a cair acertou Altair.Tonto,ele corre para fora,e não repara que o vilão havia tirado o elmo. Fora da caverna lembra que sem a coroa ele não poderia voltar,seria executado. No meio dos escombros uma criatura emerge, era o seu oponente,a sua armadura estava em más condições.
Mesmo quase morto, ele foi atado com correntes e levado para Ricarten. No tribunal foi reconhecido pela Sonya,era o estrangeiro que havia comprado a coroa.Quando perguntaram onde estava a coroa,ele disse que havia sendo derretida e usada para fazer o elmo. O mal-aventurado foi condenado por interceptação e ofensa ao reino. A pena foi bem clara,a forca,muitos ficara na duvida de decapita-lo.Quando foi pedido que retirasse o elmo,nasceu um novo escândalo.Quem vestia a armadura era Hiperyon,o general da 12º legião. Mais uma condenação foi adicionada: deserção.
Sem pena,Altair olhou nos olhos de seu pai,e cuspiu:
-Falso!Maldito!
Mesmo sendo humilhado, Hiperyon olhou para seu filho como se tivesse pena dele.E falou para Verkan algo que ninguém conseguiu entender. No dia seguinte, era meio-dia e a execução estava começando. Quando chegou no ápice, a hora que o executor erguia a espada para decapitar. Uma ordem havia chegado. Hiperyon foi poupado, seu filho estaria se casando no próximo mês.
Cada dia parecia uma adaga fincada no coração de Hiperyon, na noite da vespera do casamento,uma visita inesperada chegava. Verkan, um homem respeitado conversava com ele. A surpresa ficou no dia seguinte. Hiperyon fugiu,sequestrando o rei. Na cela dele, havia um bilhete, o qual aqui reproduzimos:
“Até breve, meu filho, a guerra está chegando. É chegada a hora de nos unirmos e lutar...
De seu querido e amado pai:
Valento. ”
Aqui acaba uma historia, e nasce uma pequena grande aventura.
Fim?
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