Livro lido: O diário de um gato assassino.
Transformação:
O diário do Cão Rex: Assassino ou herói?
Segunda-feira: _Está certo pode me matar. Eu matei um passarinho, tenha dó, eu sou um cão e esse é o meu trabalho. Ficar escondido atrás de árvores procurando deliciosos churrasquinhos saltitantes. O que eu deveria fazer quando um desses novelinhos cheio de penas quase se jogasse dentro da minha boca? E ele aterrrisou entre minhas patas! Tudo bem eu dei uma patada nele, mas isso não é motivo pra o Kaká chorar tanto e quase me matar sufocado.
Kaká, com os olhos vermelhos de tanto chorar, ficava me perguntando:
_ Rex, como pôde fazer isso?
Acho que esqueceram que sou um cão e a mãe de Kaká fazendo aquele fiasco!!! Até parece que eu tinha matado uma pessoa!
_Talvez eu não devesse ter arrastado o passarinho para dentro de casa nem largado o pobre em cima do tapete. Dizem que as manchas podem não sumir nunca. Então, podem me enforcar!
Terça-feira: _ Até que fizeram um funeralzinho legal. Sei que o certo a fazer era não ter aparecido por lá, mas o jardim também é meu. Não sei pra que ter um cão se só ficam reclamando dele, tipo: “Eu estrago todo o jardim”. O pai do Kaká ficou me expulsando, mas eu ignorei. Afinal, quem ele pensa que é? Se eu quiser ver o enterro de um passarinho morto, vou ver. Eu o conheci melhor que todos aqui. Até o conheci quando ele estava vivo!
Quarta-feira: Não estou a fim de falar hoje! Estou de mau-humor. Só porque matei um ratinho o Kaká já fica me dando sermão. Aliás ele já estava morto. E ratos transmitem doenças!
Quinta-feira: Foi um dia e tanto! Apareceu um gato morto lá em casa e o pessoal já ficou me olhando com cara de que eu era o culpado! E o pior é que o gato era da vizinha. O Veludo era camarada e meu amigo, porque eu iria matá-lo?
Sexta-feira: Tiveram a cara-de-pau de não me convidar pro enterro. Eu fui assim mesmo! Depois Kaká me levou à veterinária. Eu não estava de bom-humor e ela com aquela agulha enorme e nojenta. Quem é que fica de bom-humor quando perde um amigo? Tudo bem que eu não precisava tê-la arranhado tento e nem quebrado todos aqueles frascos de vidro. Ela rasgou em pedacinhos minha ficha. Kaká saiu aos prantos como sempre.
Sábado: Estava muito triste, deitado em minha almofada, pensando no Veludo. Prometi pra mim mesmo que não mataria mais gatos. Aquele dia pareceu uma eternidade!
Domingo: Resolvi caminhar para arejar um pouco o cérebro quando de repente vi vários cachorros maltratando um gato. Eu não deixei por menos: salvei o pobre gatinho! Só que na luta fiquei muito machucado. Não resisti. Naquela mesma tarde, morri. Mas feliz por ter cumprido minha promessa, a que fiz ao meu querido amigo Veludo.
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